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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
GEFFA - Grupo Espírita Federativo da Família - FEEB
CURSO: FAMÍLIA E ESPIRITISMO: PROCESSO REEDUCATIVO DO SER.
Dia 09/08/2014 com a facilitadora Creuza Lage com o Tema : Conceitos e Concepção histórica da família
domingo, 10 de agosto de 2014
FAMÍLIA E ESPIRITISMO
Temos observado, na
atualidade, a preocupação da sociedade com o tema “Família”. Psicólogos,
assistentes sociais, religiosos em geral, sociólogos e outros que se mostram
voltados a discutir e a analisar a problemática do ambiente familiar, frente às
profundas mudanças socais do mundo moderno.
O lar é a célula básica do
organismo social; se os lares estiverem ruindo, a sociedade também estará
caminhando para o caos. Lares equilibrados, sociedade equilibrada.
Sem embargo, para o Espiritismo,
esta não é uma preocupação nova. Desde a codificação da Doutrina por Allan
Kardec, os Espíritos e o próprio Mestre Lionês trataram com imensa propriedade
a importância do núcleo familiar no processo renovador da humanidade.
Como podemos definir
“Família”? Resumindo diríamos que família, basicamente, é aquele grupo de
convivência mais restrita no dia a dia; pai, mãe, filhos e eventualmente outros
parentes próximos íntimos.
Já no plano espiritual
começam os planos de formação da família, supervisionados pelos dirigentes
espirituais.
Emmanuel lembra-nos que,
“antes do berço, quase sempre, conhece a alma humana, plenamente desperta,
grande parte dos débitos que lhe induzem o coração a remergulhar nas forças do
plano físico”.
Quando no plano espiritual
despertos para o alcance dos nossos erros e mazelas morais e conscientes dos
compromissos assumidos para com os outros, solicitamos o retorno à esfera
física, carregando as provas necessárias para o nosso burilamento e
reencontrando almas simpáticas - para
prosseguimento do progresso afetivo – e almas adversárias – para reconciliação
e entendimento necessários, com as quais abraçamos com responsabilidade ( na
maior parte das vezes uns dias antes dos outros), perante os nossos tutores
espirituais.
Assim, reúnem-se no esmo
ambiente devedores em resgates de antigos compromissos, desafetos, companheiros
de erros passados, afeições queridas e amigos em trabalho de socorro mútuo.
No decorrer da nossa jornada
terrena, sucedem-se as situações que irão traduzir na prática o planejamento
feito na esfera espiritual: o namoro, o noivado, o casamento, o clima de
afetividade, a necessidade do respeito aos compromissos assumidos, os problemas
surgem no dia a dia, pais amparando os filhos, filhos protegendo pais idosos e
doentes, os outros familiares que formam o grande laço de parentesco, e assim
por diante
Todas essas experiências os
induzem a uma posição de defesa natural dos compromissos domésticos, mas o
MATERIALISMO, no momento atual, tem convidado as criaturas a uma atitude
egoística de deserção de suas obrigações, instalando em seus corações a planta
venenosa do imediatismo, do comodismo, da vaidade, do orgulho e do prazer a
qualquer preço.
Não podemos esquecer que o
ambiente familiar é formado por criaturas em processo de melhoria, ainda
carregando muita sombra por expurgar, o que cria um clima de experiências
diversas, constituindo uma grande escola a educá-las, um grande cadinho
depurando-as.
Com matérias indispensáveis ao nosso
crescimento espiritual, encontraremos aí a s alegrias, as lutas, as dores, as
desavenças, as experiências, o menosprezo (ingratidão), a amizade e o amor.Onde
os pais podem buscar socorro para as dificuldades em sua missão? Com os
psicólogos? Com os educadores? Com os médicos? Com as assistentes sociais?
Sabemos serem grandes auxiliares no trabalho
do socorro à família, mas não suficientes para enfrentar a tempestade moral que
assola o lar, na atualidade.
Jesus é o grande psicólogo, educador, médico
e Mestre Maior a nos mostrar o caminho da vitória espiritual.
O Evangelho é o grande roteiro de iluminação
das almas encerrando em si a manifestação do Divino Mestre.
O espiritismo é a revi vencia do Evangelho,
trazido à Terra sob supervisão do Cristo, com a missão de transformar a
humanidade para Nova Era.
E o Espiritismo se manifestará integralmente
e sua plenitude através do Centro Espírita, base principal para a irradiação da
mensagem renovadora do Terceiro Milênio. Allan Kardec elucida o socorro do Espiritismo.
À família, ante sã dificuldades da vida moderna: “Pode o Espiritismo remediar
esse mal? Sem dúvida nenhuma; e não hesitamos em dizer que é o único
suficientemente poderoso o fazer cessar.
O Espiritismo auxiliará a organização
familiar através de infinitas formas, mas destacamos com o Codificador:
- Esclarecendo a
missão e a responsabilidade dos pais;
- Fazendo conhecer
a fonte das qualidades inatas (boas ou más);
- Mostrando a ação
que se pode exercer sobre os espíritos encarnados e desencarnados;
- Proporcionando a
fé inquebrantável;
- Moralizando os
próprios pais.
O Espiritismo explica o passado, engrandece o
presente e semeia o futuro.
No Centro espírita haverá atividades que
serão uma alavanca para para os que compões o mundo doméstico: o departamento
da família (mesmo que informal), um encontro mensal de pais (com palestras
esclarecedoras), as reuniões semanais de pais (onde eles estudem em grupo), a
evangelização da criança, a educação moral a que a Doutrina nos induz, a
assistência espiritual dos mentores, o serviço edificante, o estudo renovador.
Quando
despertarmos para a importância da assistência à família, estaremos resgatando
os valores verdadeiros da fraternidade, conduzindo a humanidade à posição do
mundo mais elevado e justo.
A família que estiver dentro do ideal cristão
não será “perfeita”. Será aquela onde houver a luta, a disposição e o ideal
renovador. Será aquela onde houver equilíbrio, débitos espirituais sendo
ressarcidos, aceitação ás provas, amor relaxamento, afetos sublimados, energia sem
violência, desafetos em reconciliação, disciplina estimulante, amadurecimento,
alegria ponderada, renovação, amizade e compreensão.
Quando despertarmos para importância da
assistência à família, estaremos resgatando os valores verdadeiros da
fraternidade, conduzindo a humanidade à posição de um mundo mais elevado e
justo.
Jaime Zanolini Nazareth, Um Desafio chamado
Família
FAMÍLIA, CONCEITO E CONCEPÇÃO HISTÓRICA
FAMÍLIA,
CONCEITO E CONCEPÇÃO HISTÓRICA
Grupamento de raça de
caracteres e gêneros semelhantes resultado de agregações afins, a família,
genericamente representa o clã social ou sintonia por identidade que reúne os
espécimes dentro da mesma classificação. Juridicamente, porém, a família
deriva-se da união de dois seres que se elegem para uma vida em comum, através
de um contrato, dando origem à genitora da mesma espécie. Pequena república
fundamental para o equilíbrio da grande república humana representada pela
nação.
A família tem suas próprias
leis, que consolidam as regras de bom comportamento dentro do impositivo
respeito ético, recíproco entre seus membros, favorável a perfeita harmonia que
deve vigorar sob o mesmo teto em que se agasalham os que se consorciam.
Animal social, naturalmente
monogâmico, o homem na sua generalidade, somente se realiza quando comparte
necessidades e aspirações na conjuntura elevada do lar.
O lar, no entanto, pode não
ser configurado como a edificação material, capaz de oferecer segurança e paz
aos que aí se resguardam. A casa são a argamassas, os tijolos, a cobertura, os
alicerces e os móveis, enquanto lar são a renúncia e a dedicação, o silêncio e
o zelo que se permitem aqueles que se vinculam pela eleição afetiva, ou através
do impositivo consanguíneo decorrente da união.
A família, em razão disso, é
o grupo de Espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso
inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória. Assim,
famílias espirituais frequentemente se reúnem na Terra em domicílios físicos
diferentes, para a as realizações nobres com que sempre se viram a braços e
construtores do Mundo. Retornam ao mesmo grupamento consanguíneo os Espíritos
afins, a cuja oportunidade às vezes preferem renunciar, de modo a concederem
aos desafetos e rebeldes do passado o ensejo da necessária evolução, da qual
fruirão, após as renúncias às demoradas uniões no Mundo Espiritual.
Modernamente, ante a
precipitação dos conceitos que generalizam na vulgaridade e nos valores éticos,
tem-se a impressão que paira rude ameaça sobre a estabilidade da família. Mais
do que nunca, porém o conjunto doméstico deve se impor para a sobrevivência a
benefício da soberania da própria Humanidade.
A família é mais do que um
resultado genético... São os ideais, os sonhos, os anelos, as lutas e árduas
tarefas, os sofrimentos, as aspirações, as tradições morais elevadas que se
cimentam nos liames da concessão divina, no mesmo grupamento doméstico onde
medram as nobres expressões da elevação espiritual na Terra.
Quando entra em crise, por
esta ou aquela razão, sem dúvida a sociedade está a um passo do malogro...
Histórico -
Graças ao instinto gregário, o homem, por exigência da preservação da vida,
viu-se conduzido à necessidade da cooperação recíproca, a fim de sobreviver em
face das ásperas circunstâncias nos lugares onde foi colocado para evoluir. A
união nas necessidades inspirou as soluções para os múltiplos problemas
decorrentes do aparente desaparelhamento que o fazia sofrer ao lutar contra os
múltiplos fatores negativos que havia por bem superar.
Formando os primitivos
agrupamentos em semibárbaro, nasceram os pró domos das eleições afetivas, da
defesa dos dependentes e submissos, surgindo os lampejos da aglutinação
familiar.
Dos tempos primitivos aos da
civilização da Antiguidade Oriental, os valores culturais impuseram lentamente
as regras de comportamento em relação aos pais – representativos dos
legisladores, personificados pelos anciãos; destes para os filhos - pela
fragilidade e dependência que inspiram.; entre irmãos – pela convivência
pacífica indispensável à fortaleza da espécie; ou reciprocamente entre os mais
próximos, embora não subalternos ao mesmo teto, num desdobramento do próprio
clã, ensaiando os passos da direção da família dilatada...
A Grécia, aturdida pela
hegemonia militar espartana, não considerou devidamente a união familiar, o que
motivou a sua destruição, ressalvada Atenas, que não obstante amando a arte e a
beleza, reservava ao Estado e os deveres pertencentes à família, facultando-lhe
sobreviver por tempo maior, mas não obrigando atingir o programa estético e
superior a que se propuseram os seus excelentes filósofos.
A Roma, coube essa
declinável tarefa, a princípio reservada ao patriarcado e, depois, através das
lei coordenadas pelo Senado, que alcançaram as classes agrícolas, militares,
artísticas e a plebe, facultando direitos e deveres, que embora as hediondas e
infelizes guerras, se foram fixando no substrato social e estabelecendo os
convênios que o amor sancionou e fixou como técnica e segura de dignificação do
próprio homem, no conjunto da família.
A Idade Média, caracterizada
pela supremacia da ignorância desfigurou a família com o impositivo de serem
doados os filhos à Igreja e ao suserano dominador, enfraquecendo por séculos a
marcha do espírito humano.
Aos enciclopedistas foi
reservada a grandiosa missão de, estabelecendo os códigos dos direitos humanos,
reestruturarem a família em bases de respeito para a felicidade das criaturas.
Todavia, a dialética
materialista e os modernos conceitos sensualistas, proscrevendo o matrimônio e
prevendo o amor livre, voltam a investir contra a organização familiar por meio
de métodos aberrantes, transitórios, é certo, mas não conseguirão, em absoluto,
qualquer triunfo significativo.
São da natureza humana a
fidelidade, a cooperação e a fraternidade como pálidas manifestações do amor em
desdobramento eficaz. Tais valores se agasalham, sem dúvida, no lar, no seio da
família, onde se arregimentam forças morais e se caldeiam sentimentos na
oficina da convivência doméstica.
Apesar de a poliandria (casamento
de uma mulher com vários homens) haver gerado o matriarcado e a promiscuidade
sexual feminina, a poligamia, elegendo o patriarcado, não foi de menos
infelizes consequências.
Segundo o eminente jurista
suíço Bachofen, que procedeu a pesquisas históricas inigualáveis sobre o
problema da poliandria, a mulher sentiu-se repugnada e vencida pela vulgaridade
e abuso sexual, de cuja atitude surgiriria o regime monogâmico, que ora, é
aceito por quase todos os povos da Terra.
Conclusão – A família,
todavia, para lograr a finalidade de que a se destina, deve começar desde os
primeiros arroubos da busca afetiva, em que as realizações morais devem
sublevar as sensações sexuais de breve durabilidade.
Quando os jovens resolvem
consorcia-se, impelidos pelas imposições carnais, a futura família já padece da
ameaça grave, porquanto em nenhuma estrutura se fundamenta para resistir aos
naturais embates que a união a dois acarreta, no plano do ajustamento emocional
e social, complicando-se, naturalmente, quando do surgimento da prole.
Antigamente, se falava sobre
a necessidade dos exames pré-nupciais, sem dúvida necessários, mas com
lamentável descaso pela preparação psicológica dos futuros nubentes em relação
aos encargos e às responsabilidades esponsalícias e familiares.
A Doutrina Espírita,
atualizando a lição evangélica, descortina na família esclarecida
espiritualmente a Humanidade ditosa do futuro promissor.
Sustentá-la nos ensinamentos
do Cristo e nas lições da reta conduta, apesar da loucura generalizada que surge
em toda parte, é o mínimo dever de que ninguém pode se eximir.
Joanna de Ângelis, SOS
Família.
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