Temos observado, na
atualidade, a preocupação da sociedade com o tema “Família”. Psicólogos,
assistentes sociais, religiosos em geral, sociólogos e outros que se mostram
voltados a discutir e a analisar a problemática do ambiente familiar, frente às
profundas mudanças socais do mundo moderno.
O lar é a célula básica do
organismo social; se os lares estiverem ruindo, a sociedade também estará
caminhando para o caos. Lares equilibrados, sociedade equilibrada.
Sem embargo, para o Espiritismo,
esta não é uma preocupação nova. Desde a codificação da Doutrina por Allan
Kardec, os Espíritos e o próprio Mestre Lionês trataram com imensa propriedade
a importância do núcleo familiar no processo renovador da humanidade.
Como podemos definir
“Família”? Resumindo diríamos que família, basicamente, é aquele grupo de
convivência mais restrita no dia a dia; pai, mãe, filhos e eventualmente outros
parentes próximos íntimos.
Já no plano espiritual
começam os planos de formação da família, supervisionados pelos dirigentes
espirituais.
Emmanuel lembra-nos que,
“antes do berço, quase sempre, conhece a alma humana, plenamente desperta,
grande parte dos débitos que lhe induzem o coração a remergulhar nas forças do
plano físico”.
Quando no plano espiritual
despertos para o alcance dos nossos erros e mazelas morais e conscientes dos
compromissos assumidos para com os outros, solicitamos o retorno à esfera
física, carregando as provas necessárias para o nosso burilamento e
reencontrando almas simpáticas - para
prosseguimento do progresso afetivo – e almas adversárias – para reconciliação
e entendimento necessários, com as quais abraçamos com responsabilidade ( na
maior parte das vezes uns dias antes dos outros), perante os nossos tutores
espirituais.
Assim, reúnem-se no esmo
ambiente devedores em resgates de antigos compromissos, desafetos, companheiros
de erros passados, afeições queridas e amigos em trabalho de socorro mútuo.
No decorrer da nossa jornada
terrena, sucedem-se as situações que irão traduzir na prática o planejamento
feito na esfera espiritual: o namoro, o noivado, o casamento, o clima de
afetividade, a necessidade do respeito aos compromissos assumidos, os problemas
surgem no dia a dia, pais amparando os filhos, filhos protegendo pais idosos e
doentes, os outros familiares que formam o grande laço de parentesco, e assim
por diante
Todas essas experiências os
induzem a uma posição de defesa natural dos compromissos domésticos, mas o
MATERIALISMO, no momento atual, tem convidado as criaturas a uma atitude
egoística de deserção de suas obrigações, instalando em seus corações a planta
venenosa do imediatismo, do comodismo, da vaidade, do orgulho e do prazer a
qualquer preço.
Não podemos esquecer que o
ambiente familiar é formado por criaturas em processo de melhoria, ainda
carregando muita sombra por expurgar, o que cria um clima de experiências
diversas, constituindo uma grande escola a educá-las, um grande cadinho
depurando-as.
Com matérias indispensáveis ao nosso
crescimento espiritual, encontraremos aí a s alegrias, as lutas, as dores, as
desavenças, as experiências, o menosprezo (ingratidão), a amizade e o amor.Onde
os pais podem buscar socorro para as dificuldades em sua missão? Com os
psicólogos? Com os educadores? Com os médicos? Com as assistentes sociais?
Sabemos serem grandes auxiliares no trabalho
do socorro à família, mas não suficientes para enfrentar a tempestade moral que
assola o lar, na atualidade.
Jesus é o grande psicólogo, educador, médico
e Mestre Maior a nos mostrar o caminho da vitória espiritual.
O Evangelho é o grande roteiro de iluminação
das almas encerrando em si a manifestação do Divino Mestre.
O espiritismo é a revi vencia do Evangelho,
trazido à Terra sob supervisão do Cristo, com a missão de transformar a
humanidade para Nova Era.
E o Espiritismo se manifestará integralmente
e sua plenitude através do Centro Espírita, base principal para a irradiação da
mensagem renovadora do Terceiro Milênio. Allan Kardec elucida o socorro do Espiritismo.
À família, ante sã dificuldades da vida moderna: “Pode o Espiritismo remediar
esse mal? Sem dúvida nenhuma; e não hesitamos em dizer que é o único
suficientemente poderoso o fazer cessar.
O Espiritismo auxiliará a organização
familiar através de infinitas formas, mas destacamos com o Codificador:
- Esclarecendo a
missão e a responsabilidade dos pais;
- Fazendo conhecer
a fonte das qualidades inatas (boas ou más);
- Mostrando a ação
que se pode exercer sobre os espíritos encarnados e desencarnados;
- Proporcionando a
fé inquebrantável;
- Moralizando os
próprios pais.
O Espiritismo explica o passado, engrandece o
presente e semeia o futuro.
No Centro espírita haverá atividades que
serão uma alavanca para para os que compões o mundo doméstico: o departamento
da família (mesmo que informal), um encontro mensal de pais (com palestras
esclarecedoras), as reuniões semanais de pais (onde eles estudem em grupo), a
evangelização da criança, a educação moral a que a Doutrina nos induz, a
assistência espiritual dos mentores, o serviço edificante, o estudo renovador.
Quando
despertarmos para a importância da assistência à família, estaremos resgatando
os valores verdadeiros da fraternidade, conduzindo a humanidade à posição do
mundo mais elevado e justo.
A família que estiver dentro do ideal cristão
não será “perfeita”. Será aquela onde houver a luta, a disposição e o ideal
renovador. Será aquela onde houver equilíbrio, débitos espirituais sendo
ressarcidos, aceitação ás provas, amor relaxamento, afetos sublimados, energia sem
violência, desafetos em reconciliação, disciplina estimulante, amadurecimento,
alegria ponderada, renovação, amizade e compreensão.
Quando despertarmos para importância da
assistência à família, estaremos resgatando os valores verdadeiros da
fraternidade, conduzindo a humanidade à posição de um mundo mais elevado e
justo.
Jaime Zanolini Nazareth, Um Desafio chamado
Família
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