CONFLITOS FAMILIARES – ASPECTOS GERAIS
Os conflitos familiares datam de épocas remotas e muitas vezes de
difícil solução sem o olhar da reencarnação. A análise, feita no livro
Vivências do amor em família (organizado por Luiz Fernando) por Divaldo Pereira
Franco nos traz “...os enfrentamentos desses desafios, destacando as
modificações constantes na configuração familiar...” Modificações essas estimuladas pela existência da família
vitoriana que tem no seu bojo valores rígidos, fundamentados na disciplina e
moralismo vazio. No jogo de aparências de famílias felizes existiam os “vícios
mais absurdos, traições e outras formas ilusórias de satisfação”, contanto
que ninguém descobrisse. Essas famílias, geralmente manifestam comportamentos
desequilibrados como resultante da desarmonia familiar.
A Revolução Cultural dos anos 70,
aproximadamente, vem questionar os valores e paradigmas das famílias:
- as traições,
- a hipocrisia nas relações familiares,
- o vícios das formas de satisfação.
Todo esse convite para uma mudança radical, dentro do contexto família,
para que parasse de se preocupar com os outros e se voltasse para a construção
de uma nova realidade com um novo modelo com “novos paradigmas para a
educação”.
Segundo Divaldo, existe o exagero, defensores da contracultura que fazem
uma interpretação sociológica que família era uma instituição ultrapassada. E
vão questionar os limites impostos pela família, cuja função é educar.
Ressaltando ainda, que a coisa positiva nessa transformação radical foi
a derrubada do modelo familiar tradicional.
Os primeiros conflitos entre pais e filhos surgem da dificuldade de
relacionamentos entre eles devido aos conflitos de gerações. Alguns filhos
esquecidos dos compromissos assumidos saem de casa por não se sentirem
acolhidos.
Apoiados no princípio da reencarnação poderemos decifrar, conforme
Divaldo, as famílias provacionais que exigirão um grande esforço de
convivência. Analisando essa questão, a Dra. Ercília Zili, no Programa
Dualidade, explica que a família é uma equipe de espíritos voltados para o
objetivo único da evolução e para o crescimento espiritual. Que não existe
reencarnação para você se dar mal. Que existem projetos reencarnatórios que são
para realizar, e não são realizados; é quando aparece a depressão devido ao
esvaziamento, e a falta de sentido para vida, que não foi alcançado.
No livro Ação e Reação, André
Luiz nos alerta que “...ninguém se reúne no casamento humano ou nos
empreendimentos de elevação espiritual, no mundo, sem o vínculo do passado, e
esse vínculo, quase sempre, significa débito do Espírito ou compromisso vivo e
delongado no tempo...”
Diante dessas explicações poderemos nos questionar:
O que é família? Quem é a nossa família? Quais os nossos deveres perante
a nossa família?
Explica ainda a Dra Zili, que existem encarnações familiares com as
nuances de cada membro para que cada um ajude o outro. E, salienta, que filho é
adoção de um espírito, um compromisso assumido com a espiritualidade, com o
criador que darei conta nos primeiros momentos.
Conforme André Luiz nos traz no caso de Ildeu, figura do livro Ação e
Reação, que se separa da esposa pela segunda vez em encarnações distintas: “Embora
estejamos todos, uns diante dos outros, em processo reparador de culpas
recíprocas, em verdade, antes de tudo, somos devedores da Lei em nossas
consciências. Fazendo mal aos outros, praticamos o mal contra nós mesmos. ... E
se o sucesso de toda a família for absoluto sem ele, ...” pagará em serviço a
outras almas da senda evolutiva o débito que lhe onera o Espírito, de vez que,
ferindo os outros, na essência estamos ferindo a obra de Deus, de cujas leis
soberanas nos fazemos réus infelizes, reclamando quitação e reajuste.
Em Nosso Lar, André Luiz nos alerta que " (...) devemos ter
nosso grupamento familiar como sagrada construção, sem esquecer que nossas
famílias são seções da Família universal, sob a Direção Divina (...)"
Há outros desafios que a família pode superar como a dependência
química, transtornos de comportamentos, a violência, a sexualidade desequilibrada
e vários outros empecilhos na construção do relacionamento da família, como a dificuldade
de lidar e compreender os limites do outro.
Ainda no livro Vivências do amor em família, Divaldo destaca que um dos
conflitos que se repete seguidamente é o que ele chama de “comportamentos
estranhos por parte dos adolescentes”. Se referindo a fase da puberdade que é
um período em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológicas no corpo físico. E
nos esclarece “(...) Além da produção hormonal, identificada pela ciência, a
pineal, que desenvolve o papel de glândula da vida mental, também produz hormônios
psíquicos que interferem nesse quadro complexo. Em consequência, o Espírito
encarnado reassume os seus valores intrínsecos, que resultam do acúmulo de
experiências no passado reencarnatório(...)”
Segundo as observações de Kardec, em resposta a questão 385 do Livro dos
Espíritos, trechos que nos esclarece a respeito da necessidade da infância para
o Espírito, (...) ponderai que nos vossos lares possivelmente nascem
crianças cujos Espíritos vêm de mundos onde contraíram hábitos diferentes dos
vossos e dizei-me como poderiam estar no vosso meio esses seres, trazendo
paixões diversas das que nutris, inclinações, gostos, inteiramente opostos aos
vossos; como poderiam enfileirar-se entre vós, senão como Deus o determinou,
isto é, passando pelo tamis da infância? (...)Prossegue (...) A infância ainda
tem outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corporal para se
aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna
brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los
progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os
maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão
de dar contas.
Assim, portanto, a infância é não só útil, necessária, indispensável,
mas também consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o
Universo.”
Os conflitos familiares sempre
existiram e sempre existirão para além dos conflitos que a pandemia só fez
eclodir como uma ferida social, que conhecemos muito bem e nos envergonha: a
presença entre nós de parricidas e uxoricidas. O exemplo que André Luiz nos
traz, ilustra com muita clareza, a realidade que vivemos. Em o Evangelho
segundo o espiritismo, Kardec no capítulo IV, ao final do ítem 19, (...)Deus
permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos
ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros,
de meio de progresso. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contato dos
bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se
abranda, seus costumes se apuram, as antipatias se esvaem. É desse modo que se
opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com
as raças e os povos.”
A pandemia nos faz retomar os laços
de família que assumimos em reencarnações passadas. Na vida não existe acaso,
nem coincidências as pessoas que formam uma família não são apenas personagens
fictícios de uma peça teatral, são formações que conquistamos por merecimento
ou necessidade de aprendizados para que juntos possamos evoluir e auxiliar
aquele por motivos, temporariamente desconhecidos, temos o dever de ajuda-lo a
conquistar novos rumos.
______. E a vida continua... Pelo Espírito André Luiz. 35. ed. 4. imp.
Brasília: FEB, 2016.
______. No mundo maior. Pelo Espírito André Luiz. 28. ed. 4. imp.
Brasília: FEB, 2015.
______. Libertação. Pelo Espírito André Luiz. 33. ed. 5. imp. Brasília:
FEB, 2016.
http://www.aluzdoespiritismo.com.br/artigos/80/familia-seus-conflitos
FRANCO, Divaldo Pereira – Vivências do amor em
família (organizado por) Luiz Fernando Lopes. Salvador: LEAL, 2016.
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